Ira Lasciva
Eu sou o semblante triste
O sorriso curto e ainda tímido
Por trás dos olhos de esfinge
Se esconde um vulto, ou espírito
Dentro de minha alma
Existe uma necrópole
De vampiros suicidas
Mortos de overdose
Fragmentos de poesia,
Anjos loucos num calabouço
Acusados de eresia
E torturados pelo fogo
São vagas todas as lembranças
Da insânia ingênua e lua fria
Fui traído pela falsa santa,
Na neve branca da melancolia
Assim ao amor dos mortais
Prefiro a solidão dos Anjos
E minha condição fugaz
De simples ser humano
Sou uma tela, sou um quadro surreal
Pintado à óleo e sangue
Sou guerreiro guardião do Santo Graal
Na cláusura de Notre Dame
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