Vou ser objetiva.
Quando isso aconteceu, eu criei soluções "mentais" que o próprio
governo poderia ter tomado; sejam elas: o terreno designado como
"Pinheirinho" era de propriedade privada, COMPRADA por um tal senhor,
que não vem ao caso no momento. A propriedade de alguém não deixa de ser
desse alguém só porque estava sem uso POR ESSE ALGUÉM. Houve invasão,
sem dúvida. AGORA
... Agora eu não aprovo a baixaria da Polícia,
muito menos a indiferença dos políticos responsáveis. Não é fácil, essa
tal política. Saber equilibrar os dois lados, os que têm e os que não.
Mas para ser ao menos decente, digno ou HUMANO, os responsáveis poderiam
*comprar* a área referente à invadida e DEDICÁ-LA àqueles que já
estavam lá! Poderiam, também, se quisessem bancar os 'ditadores',
simplesmente tomar o espaço do proprietário, quer dizer...hoje em dia,
tomar coisas não é o que falta, que eu saiba. Eles tomam um X% bem
grandão do nosso 'rico dinheirinho' mensal, anual, semanal, e até
diário, quando vamos comprar um pão na padaria que tem mais impostos do
que miolo.
É uma humilhação para um ser humano ser despejado.
Isso eu não aprovo. Eu me pergunto como essas pessoas que viram isso
acontecer e não fizeram nada dormem à noite. Eu não conseguiria. Eu não
consigo. Espancar, queimar, expulsar, humilhar, foi o que aconteceu
àquelas pessoas.
Talvez muitos de nós conhecêssemos um ou dois
sujeitos que moravam no dito Pinheirinho. E se nós conhecíamos, eu
presumo que não fosse mal pessoa. Eu presumo que fosse trabalhador. E,
acima de tudo, honesto. O terreno era invadido. MAS quem sabe onde esse
sujeito morava não era alugado, e esse sujeito pagava o aluguel com seu
salário - com o SEU salário, e não o dinheiro dos outros, emprestado,
seja de um "primo", seja do governo.
E o governo...Falar assim é meio genérico, eu penso. Bolsa isso, bolsa aquilo, bolsa MINHA MÃE, eu acho inédito!
Não dá para ver, MAS ESTOU RINDO AQUI! Pensando na revolução
francesa...e aqueles ideiais que hoje são estúpidos, que são ignorados -
apesar de rumarem à democracia, igualdade, liberdade e...dane-se,
ninguém liga para nenhum desses, quisera ligar para o último.
E
o que mais me faz rir é o ORDEM E PROGRESSO. Pausa para mais um pouco
de risadas...Eu bem que adoro uma comédia, mas nunca gostei de ser
atriz, não. Acho que além de mim, muita gente não gosta de atuar nesse
teatro político-social.
Tem bolsa-bandido,
bolsa-to-com-vontade-de-comer-cachorro-quente,
bolsa-eu-não-quero-ir-no-posto-de-saúde-comprar-uma-camisinha,
bolsa-eu-sou-preto-portanto-sou-burro-e-o-governo-reconhece-que-eu-preciso-de-ajuda-para-entrar-na-faculdade,
entre outros... *O legal é a minha família! Metade morena, metade
branca, E OS DOIS LADOS TÊM EMPREGO, FACULDADE, FAMÍLIA E CASA PRÓPRIA +
VEÍCULO.
E naquele tempo, digo, há dois mandatos de governo atrás, não existia bolsa coisa nenhuma, e olhe onde eles estão!
O que eu não entendo, é quem em Janeiro, no estado de São Paulo,
existem mais de 18.000 vagas de emprego para todos os níveis escolares
disponíveis! Com salários de até R$12.000! Eu conheço e respeito gente
que sobrevive no mês com R$1.000,00, com filhos, netos, e ainda parente
doente! NA MESMA CASA, ALUGADA.
O que é isso? Bolsa-governo? NÃO, TRABALHO!
Não é justo, é claro, julgar a todos. E não é permitido, moralmente, julgar, para começar. Mas, é claro, tem gente que não se esforça. Enquanto tem gente que se esforça, mas tem dificuldades.
Todos sabemos o que é isso. Quem quer trabalhar? Eu não sei, quando eu
era pequena, meus pais diziam: "trabalhe, que isso lhe fará digna". O
trabalho torna alguém digno.
E não me venha com "mas eu sou
doente!"! Quem não tem condições físicas ou mentais para trabalhar nós
reconhecemos! E até tem direito - direito, não quer dizer que consegue -
à aposentadoria. Agora, eu saio na rua e vejo marmanjos fortes e
saudáveis que não querem trabalhar. Gente jovem!
O que fariam eles na idade média? Na antiga França falida? Ou como escravos, Deus me livre de pensar.
Eu acho...que lá não tinha bolsa.
*Para constar nos autos: esse trecho não foi de intuito preconceituoso, seu objetivo foi IRONIA/SARCASMO.