27 de abr. de 2012

Flor Transparente

Abri a janela e vi uma flor transparente. Não só uma, aliás. Um jardim inteiro. Não sabia que isso era possível.


Eis aqui, Marcha de Cecília Meireles.


Quando penso no teu rosto,
fecho os olhos de saudade;
tenho visto muita coisa,
menos a felicidade.
Soltam-se os meus dedos ristes,
dos sonhos claros que invento.
Nem aquilo que imagino
já me dá contentameno.
Como tudo sempre acaba,
oxalá seja bem cedo!
A esperança que falava
tem lábios brancos de medo.
O horizonte corta a vida
isento de tudo, isento…
Não há lágrima nem grito:
apenas consentimento.

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